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sexta-feira, 3 de junho de 2016

"Não ouviram os atletas", diz sindicato sobre proibição dos jogos às 11h


Felipe Augusto Leite, novo presidente da Fenapaf (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)Felipe Augusto Leite afirma que Justiça foi último recurso (Foto: Jocaff Souza/GE.com)

O presidente da Federação Nacional dos Atletas Profissionais de Futebol e do Sindicato dos Atletas de Futebol Profissional do Rio Grande do Norte, Felipe Augusto Leite, explicou o motivo de ter buscado na Justiça a suspensão das partidas envolvendo os clubes potiguares no horário das 11h, na Série C. Segundo Leite, a Confederação Brasileira de Futebol, responsável por organizar o Campeonatos Brasileiro, não ouviu o pedido que partiu dos próprios atletas para que esses jogos não sejam realizados neste horário, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país. Desde maio a Fenapaf busca um diálogo com a CBF para evitar as partidas às 11h. Após Ação Civil Pública proposta pelo Ministério Público do Trabalho no RN, foi concedida a liminar pela juíza Simone Jalil de Medeiros, da 1ª Vara do Trabalho de Natal. Há um mês nós oficiamos a CBF. Fizemos contatos telefônicos com o presidente da CBF, com o secretário-geral, com funcionários, com o diretor de competições, e não resolveram o problema. Não ouviram as reclamações da Federação Nacional dos Atletas, mas também dos próprios atletas, os quais representamos. Daí, em cima da hora, para você ver como esgotamos todas as possibilidades de negociação para que se evite colocar jogos principalmente no Nordeste entre as 11h e 13h, a última possibilidade que estamos tendo para reverter o quadro é acionar o Ministério Público Federal, que entrou com a Ação Civil Pública. Na tarde de hoje (quinta), foi concedida essa medida urgente para que se evite, especialmente os clubes do Rio Grande do Norte, de jogar nesse horário em qualquer praça do país - explicou.
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A partir da liminar concedida nesta quinta-feira no RN, o presidente da Fenapaf crê que possa ser aberto com a CBF um diálogo entre todos os clubes e federações. Felipe Augusto Leite também esclarece que o papel da entidade que dirige não é de entrar em conflito com outras organizações, desde que os direitos e conquistas dos atletas sejam respeitados. Eu tenho certeza que, de uma vez por todas, foi aberto o debate nacional. Esperamos que a CBF e as entidades de administração ouçam as reclamações dos atletas, as sugestões, porque eles efetivamente é que estão em campo. A Fenapaf não quer entrar em conflito com quem quer que seja, desde que os atletas sejam ouvidos. Essa questão dos jogos às 11h é provada cientificamente que eles correm riscos. Nós estamos diante de uma ascensão de temperatura a partir das 11h que vai culminar com um pico entre as 12h e as 13h. A fisiologia já provou cientificamente que esse horário é inadequado especialmente em regiões de temperaturas quentes como é o Nordeste do Brasil. Precisamos que as partes sentem à mesa para negociar. Propusemos que a CBF abrisse uma comissão multidisciplinar para regular isso. Estamos esperando que ela acate a nossa sugestão para debater esse tipo de assunto. Com relação aos direitos dos atletas e suas conquistas, a Fenapaf não vai abrir mão. É isso que nós esperamos que aconteça - comentou. A decisão da juíza Simone Jalil de Medeiros proíbe a marcação de outros jogos para o horário entre 11h e 14h, em qualquer praça esportiva do Brasil, que envolva os clubes do futebol do Rio Grande do Norte. A determinação já vale para o jogo do próximo domingo, que envolve Botafogo-PB e ABC, marcado para as 11h, no Estádio Almeidão, em João Pessoa. Em caso de descumprimento por parte da CBF, a juíza arbitrou uma multa de R$ 2.000 por cada jogador envolvido.
Por Natal

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