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sexta-feira, 19 de junho de 2015

"Vou voltar a jogar futebol", planeja jogador preso há três meses em Natal


Thiago Potiguar - CDP Potengi (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)CDP Potengi é a casa provisória de Thiago Potiguar (Foto: Jocaff Souza/GEsporte.com)

Apontado como participante de um assalto a uma casa na praia de Barreta, no litoral Sul do Rio Grande do Norte, o jogador Jonatas Thiago da Silva Lima continua preso no Centro de Detenção Provisório do bairro Potengi, na zona Norte de Natal. O zagueiro do Palmeira de Goianinha, clube da primeira divisão do Campeonato Potiguar, se diz injustiçado e aguarda a conclusão das investigações para, quem sabe, voltar a jogar futebol. O último chute dado numa bola foi no dia 21 de março, quando foi detido ainda de uniforme, durante a comemoração da vitória do Palmeira sobre o Baraúnas. O policial civil Ranulfo Alves foi uma das vítimas do assalto na casa de praia, ocorrido no dia 4 de fevereiro, e revelou que Thiago foi reconhecido. Na oportunidade, os bandidos levaram armas, munições e outros pertences. Três meses se passaram desde a prisão e o caso ainda não tem uma solução. Enquanto isso, o zagueiro divide a cela com mais 15 pessoas, afirmando a todo instante a sua inocência e esperando "que a justiça seja feita". Sem a rotina de atleta, Thiago Potiguar, como é conhecido, perdeu peso e está com um tom de pele mais claro, fruto dos poucos momentos que tem à luz do sol. Mesmo sem saber o seu destino, acredita que vai voltar a jogar futebol. Em entrevista ao GloboEsporte.com, o jogador revela sentir saudade de casa e da família, do convívio com o futebol e das resenhas com os companheiros de clube. Tenho certeza que vou sair daqui, de cabeça erguida, e vou voltar a jogar futebol, porque a única coisa que eu sei fazer nessa vida é só isso mesmo - afirmou.
Thiago Potiguar - zagueiro - preso (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com) 
Zagueiro Thiago Potiguar está preso desde o dia 21 de março,
em Natal (Foto: Jocaff Souza/GloboEsporte.com)
Busca pelo Habeas Corpus
A carreira de Thiago Potiguar começou em 2008, nas categorias de base América-RN. O jogador era uma das apostas do clube alvirrubro, ao lado do zagueiro Zé Antônio Potiguar e do volante Judson, ambos atualmente no elenco profissional que disputa a Série C do Campeonato Brasileiro. Pouco aproveitado, acabou vestindo a camisa de outros clubes, como Carpina, Vitória, Santa Cruz-RN, Corintians-RN e Palmeira de Goianinha. No dia da prisão, o jogador já estava acertado com o Penarol-AM para a disputa do Campeonato Amazonense, com um salário de R$ 3 mil. O longo período de detenção sem a conclusão do inquérito judicial motivou o advogado José Deliano Camilo a entrar com um pedido de Habeas Corpus para conseguir a liberdade do jogador. A documentação foi reunida na quarta-feira para ser encaminhada ao Tribunal de Justiça do Rio Grande do Norte. O advogado argumenta que existem indícios de ilegalidade na prisão preventiva do atleta, que, segundo ele, passam pelo recolhimento de provas que não foram anexadas ao processo judicial. Outros elementos, como a comprovação da profissão e de uma residência fixa do jogador, podem auxiliar num eventual relaxamento da prisão. Estamos aguardando que ele realmente fosse juntado aos autos processuais. Como isso não foi feito em tempo hábil, nos motivou a entrar com o pedido de relaxamento de prisão, alegando a ilegalidade dessa prisão, devido a não ter se juntado o inquérito ao processo. Vamos aguardar esse primeiro pedido para depois tomarmos outras medidas cabíveis em busca da liberdade do nosso constituinte, assegurando que é descabida essa prisão preventiva, haja visto o mesmo comprovar a profissão lícita, residência fixa e alguns requisitos que deixariam bem clara a possibilidade dele responder em liberdade - declarou. Mesmo assim, caso a tentativa de liberação de Thiago Potiguar seja negada, o advogado acionará o Superior Tribunal de Justiça para que o processo seja apreciado. Podemos levar adiante o Habeas Corpus para ser apreciado pelo STJ, em Brasília. Vamos alegar que, realmente, não foi observado alguns requisitos Tribunal de Justiça do nosso estado.
Por Natal

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