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quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

"Me chamam de avô", diz ex-Timão, Fla e Flu que defende clube no RN

Márcio Costa, novo zagueiro do Corintians-RN (Foto: Divulgação/Corintians-RN)Márcio Costa vai disputar o Potiguar 2015 pelo Corintians-RN(Foto:Corintians-RN)
A profissão de jogador de futebol é uma montanha russa para muitos desportistas. Do início em categorias de base até o primeiro jogo por uma equipe profissional, anos de suor e dedicação são colocados à prova. Para alguns, o êxito da vitória e a recompensa com títulos. Para outros, o ostracismo e o sofrimento com o álcool e as drogas. Aos 41 anos, o zagueiro Márcio Costa mostra que ainda "tem muita lenha para queimar" e aceitou mais um desafio: defender o Corintians-RN, clube do interior do Rio Grande do Norte e que conquistou seu único título estadual em 2001. Esse será o 20º time na carreira do jogador, que já vestiu a camisa do "xará" mais famoso, o Corinthians, e levantou o troféu do Mundial de 2000, além de ser campeão carioca pela dupla Flamengo e Fluminense. Márcio desembarcou há poucos dias na cidade de Caicó - a 256 km de Natal -, ao lado de alguns companheiros do Legião-DF - o lateral-direito Thiaguinho, o meia Vaninho e o atacante William Magrão -, seu último clube em 2014. A experiência na vida e o conhecimento em campo deram ao zagueiro um tratamento especial e a admiração do elenco do Galo de Seridó, de quem recebeu o carinhoso apelido de "avô". Às vezes, os caras me chamam de avô... Mas é tudo com muito respeito. É sempre bom procurar ajudar aos novos jogadores que estão começando na carreira, por conta das muitas dificuldades que existem nesse caminho - disse Márcio Costa. Entre as conquistas no currículo, Márcio faz questão de ressaltar a mais importante: o Mundial de Clubes da Fifa, em 2000, quando foi titular no Timão. Naquela decisão, disputada no Maracanã, o Corinthians venceu o Vasco, nos pênaltis, por 4 a 3. Quinze anos depois, o jogador se mantém em atividade e chega ao Galo do Seridó como grande reforço do elenco, que ainda conta com atletas que estavam atuando no Rio de Janeiro, São Paulo, Espírito Santo, Paraíba e Ceará, além do Distrito Federal. Carioca, o defensor tem grandes passagens pela dupla Fla-Flu, onde conquistou títulos estaduais entre os anos de 1995 e 1997 e, mesmo jogando por outros clubes e em vários estados brasileiros, nunca havia jogado no Rio Grande do Norte. A nova realidade do jogador é encarada com naturalidade, e apesar da dificuldade do clima e do ambiente fora de casa, Márcio garante estar adaptado à nova rotina, que revela ter optado pelo RN por conta da semelhança com sua cidade natal, o Rio de Janeiro. Eu sou do Rio de Janeiro e já estou acostumado com a alta temperatura. Está tudo tranquilo, o pessoal é muito simpático e o trabalho está desenrolando com muita fluidez. Tinha uma grande vontade de conhecer o Rio Grande do Norte, por conta de Natal, que é uma cidade muito bonita, e essa proposta do Corintians-RN caiu como uma luva. Vim para cá com o pensamento de mostrar um bom trabalho até o final do estadual. Depois, quem sabe, eu possa ficar por aqui - analisa o jogador.
Longevidade no futebol
Para acompanhar a evolução tática e, principalmente, física do futebol, Márcio Costa revela que não descuida das atividades físicas e, mesmo que não esteja jogando, se mantém em forma em academias ou peladas com amigos. O bom condicionamento proporciona ao atleta um índice baixo de lesões ou longos períodos de inatividade. No Corintians-RN, os treinos acontecem na cidade de Caicó, que fica na região semiárida do Rio Grande do Norte. O Estádio Marizão, casa do Galo do Seridó, ainda não tem condições de receber partidas oficiais de futebol, devido à falta de laudos técnicos dos órgãos responsáveis pela segurança do torcedor - Crea, Vigilância Sanitária, Polícia Militar e Corpo de Bombeiros. No entanto, a única parte do estádio que está em boas condições é o gramado, que atende às exigências do time caicoense. Alheio aos problemas estruturais do estádio, Márcio Costa se mostra otimista com o desempenho no Campeonato Potiguar e comprova a permanência no futebol devido à ausência de lesões. Aos 41 anos, o jogador lembra que as vezes que não jogou foram por alguma punição ou por opção dos treinadores. Nunca fui jogador de sofrer lesões e, até hoje, estou jogando em alto nível. Na minha visão, tenho totais condições de jogar pelo Corintians-RN e estou me preparando para isso. Mesmo sem ter uma informação oficial se vamos utilizar o estádio, o campo é bom para os treinos e isso ajuda na preparação - finalizou.
Por Natal

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