Sem condições de receber jogos oficiais desde o mês de novembro do ano passado, o Estádio Frasqueirão
ainda está com o laudo do Corpo de Bombeiros vencido.
Nesta sexta-feira, dirigentes do ABC, representantes do Ministério
Público do Rio Grande do Norte e o presidente da Federação
Norte-rio-grandense de Futebol (FNF), José Vanildo, farão uma vistoria
na praça esportiva, às 11h. O objetivo da visita é para que as três
entidades fiquem por dentro das obras de readequação que estão sendo
realizadas no estádio, após um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC)
assinado em julho de 2014.
Frasqueirão recebe obras de readequação a pedido
dos Bombeiros (Foto: Carlos Arthur da Cruz/GloboEsporte.com)
Um dos responsáveis em fiscalizar os estádios potiguares é o promotor de
justiça Luiz Eduardo Marinho, que integra a comissão de implementação
do Estatuto do Torcedor no RN. Segundo o promotor, as entidades ligadas
ao futebol potiguar precisam de uma maior cobrança quando o assunto é a
segurança do torcedor. Para a disputa da primeira divisão do Campeonato
Potiguar 2015, nove estádios estão cadastrados, mas necessitam de
vistorias anuais para a sua utilização. Em
Natal, estão disponíveis a Arena das Dunas e o Estádio Maria Lamas
Farache - Frasqueirão; em São Gonçalo do Amarante, o Estádio Luis Rios
Bacurau - Ninho do Periquito; em Ceará-Mirim, o Estádio Manoel Dantas
Barreto - Barretão; em Santa Cruz, o Estádio Iberê Ferreira de Souza -
Iberezão; em Goianinha, o Estádio José Nazareno do Nascimento -
Nazarenão; em Assu, o Estádio Edgar Borges Montenegro - Edgarzão. Já os
estádios Senador Dinarte Mariz - Marizão, em Caicó; e o Professor Manoel
Leonardo Nogueira - Nogueirão, em Mossoró, são os que apresentam as
estruturas mais precárias. Ontem (quarta-feira) tive uma
conversa com o presidente da FNF, José Vanildo, e já temos um raio x dos
problemas dos nossos estádios. Das praças esportivas, as que estão nos
trazendo mais preocupação são as de Mossoró e Caicó. Essa duas precisam
de uma conversa mais alongada, porque todos os laudos estão vencidos e,
consequentemente, os locais estão interditados. As demais, são
interdições simples e que podem ser resolvidas e adequadas mais
rapidamente - revela. Na vistoria ao Frasqueirão, os
representantes de ABC, Ministério Público e FNF devem observar as
últimas intervenções promovidas no local, que segundo o vice-presidente
administrativo e de relações institucionais do clube, Rogério Marinho,
são "mais de 300 adequações no nosso estádio, e elas foram efetuadas em quase 90%", conforme explicou nesta semana.
Abandono do dinheiro público
Com
exceção aos estádios de futebol da Grande Natal, que são administrados
ou por empresas ou são patrimônios de clube, as praças esportivas do
interior do Rio Grande do Norte são de propriedade ou do governo
estadual ou das prefeituras municipais. Nesses casos, como os locais não
possuem calendários esportivos durante o ano inteiro, acabam sofrendo
com o abandono e com a falta de manutenção. Em Mossoró, o Estádio Nogueirão foi municipalizado e enfrenta uma grande reforma, a pedido do Corpo de Bombeiros.
Nesta
sexta-feira, prazo estabelecido após acordo entre prefeitura e
Bombeiros, as obras na edificação e o plano emergencial de segurança
serão entregues. Um nova vistoria será realizada para que o
Nogueirão possa receber o laudo técnico e sedie os jogos de Baraúnas e
Potiguar no estadual deste ano.
Quanto ao Estádio Marizão, em Caicó, a situação é semelhante e o estádio está agonizando.
O Corintians-RN, representante da cidade na competição, acertou uma
parceria com a prefeitura para fazer pequenos ajustes no local. O
promotor Luiz Eduardo Marinho enfatiza ainda que as administrações
municipais precisam formalizar um suporte que dê garantias à manutenção
das praças esportivas, para que os locais não enfrentem períodos de
abandono em uma grande parte do ano. Esses laudos possuem um
prazo estipulado de validade. O natural é que essas praças tivessem
sempre um cuidado necessário e adequado para com o vencimento. ocorre
que muitos desses estádios não tem um calendário fixo, ficando
abandonados, principalmente pelos governos municipais. Infelizmente, o
problema se repete ano a ano, mas desta vez, nós estamos sendo
rigorosos. Se o estádio é municipal, compete ao Executivo zelar pela
coisa pública, e cabe até um recurso contra a prefeitura, com a
instalação de um processo administrativo junto as comarcas locais, para
se avaliar a justificativa do estado de abandono de algumas praças
esportivas - ressalta.
Por Jocaff SouzaNatal
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