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quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

CBF adota norma da Fifa e acaba com o “investidor”

Visando se adequar as exigências da Fifa, a CBF (Confederação Brasileira de Futebol) anunciou a criação do novo Regulamento Nacional de Registro e Transferência de Atletas de Futebol. Agora ele passa a ordenar todos os registros e negociações no âmbito do futebol nacional. A nova regra acaba com  a figura do investidor e destina todo o direito econômico sobre os jogadores aos clubes. Mas há quem aposte que esse ainda não será o fim da participação dos investidores no futebol e ressalte que a luta travada pela Fifa deve apenas modificar o meio de atuação da categoria.
Rodrigo SenaFlávio Anselmo não acredita com o fim de investidores 
Flávio Anselmo não acredita com o fim de investidores
O regulamento da CBF indica que a partir de maio apenas os clubes poderão deter direitos econômicos dos jogadores. Além disso, aponta que os clubes não precisarão mais dividir os valores das multas rescisórias entre os investidores. Flávio Anselmo, ex-dirigente do ABC e que por algum tempo cuidou da carreira do atacante Wallyson, acredita que da forma como vem sendo imposta, a medida tende a estabelecer um ambiente de insegura jurídica no meio esportivo, uma vez que é grande a participação dos investidores no cenário brasileiro. Eles são figuras constantes principalmente  nos grandes clubes, que costumam recorrer ao “fatiamento” dos direitos econômicos sobre os atletas. “A partir de agora os investidores não terão mais como oficializar esse tipo de transação e também não terão o direito reconhecido pela Fifa. Acredito que deva ser provocada uma reunião de investidores com os representantes da CBF para esclarecer essa situação”, disse Flávio Anselmo. Os investidores enxergam no mercado do futebol uma boa fonte de recursos, com isso, não devem simplesmente abrir mão do negócio. “Com a dificuldade criada de formalizar parceria com os clubes grandes, podemos ver surgirem a figura dos clubes emergentes. Aquele tendo um ou alguns investidores como mantenedores e que irão servir de embrião para os atletas adquiridos pelos empresários. Já vimos isso com o Corinthians, em Alagoas, e no RN um bom exemplo dessa prática é o de Marcone Barretto, com o Globo”, destaca. O ex-dirigente abecedista acredita que os dois maiores clubes potiguares não serão muito afetados com as novas normas. “Não temos grandes investidores agindo junto de ABC e América. Eles não atraem muito esses figurões, poucos atletas de investidores atuam por aqui”, salienta. Flávio Anselmo acredita que a prática servirá como uma espécie de carta de alforria para as divisões de bases dos clubes, a partir do momento que vai inibir a ação dos investidores, que agiam principalmente no mercado amador, tirando com certa facilidade os atletas dos clubes.
Fonte: Tribuna do Norte

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