Joana Lima
A
quadra de esportes do Conjunto Neopólis sofre com a falta
de
manutenção, mas ainda assim, continua sendo utilizada
pelos moradores do
bairro diariamente.
Em 2011, a ONG propôs ao País, como legado
dos megaeventos esportivos (Copa e Olimpíadas) metas (ver quadro na
página) para o desenvolvimento do esporte. No ano seguinte, os prefeitos
eleitos assinaram um compromisso com esses objetivos. Natal está entre
as cidades que subscreveram o documento. De
acordo com a ONG, o objetivo dessa primeira fase foi definir e iniciar
um processo de monitoramento periódico de indicadores e políticas
esportivas nas cidades que foram sede da Copa do Mundo de 2014. A
finalidade seria apresentar um diagnóstico inicial do acesso ao esporte
nas cidades participantes e oferecer subsídios para o planejamento de
ações voltadas para a promoção da atividade física e esportiva nesses
municípios. Espera-se, assim, permitir um balanço do contexto do
esporte em cada cidade-sede e das ações que elas desenvolvem atualmente. Nesse
contexto, o relatório pintou um quadro preocupante em relação ao
desenvolvimento do esporte na capital potiguar, apesar de apontar que os
números apresentados também merecem ressalvas devido ao baixo índice de
respostas por parte da Secretaria de Esportes do Município, responsável
pelo preenchimento dos questionários. “Fato que deve ter tido
influência no baixo índice de respostas às perguntas sobre
infraestrutura e equipamentos e, também, às questões relacionadas aos
programas, projetos e práticas. As dificuldades encontradas durante o
processo de coleta de dados no município são reflexos dos desafios
enfrentados por uma nova gestão, que ainda não havia superado as
dificuldades de articulação entre as secretarias e de identificação das
possíveis fontes dos dados no âmbito da prefeitura”, descreve o
documento. A cidade não apresentou números referentes ao orçamento do
esporte, pessoal, infra estrutura, entre outros. Apesar dos
elaboradores do estudo elogiarem o esforço do secretário Luiz Eduardo
Machado, interlocutor do processo, o documento elaborado pela ONG aponta
que a secretaria não possui estrutura de pessoal suficiente para
funcionar de forma adequada. “Houve um esforço por parte do articulador e
sua equipe para a busca de informações, aliado a todo o trabalho
interno de estruturar e executar um plano de ação, viabilizando
programas e projetos para a pasta do esporte no município”, testemunha o
relatório. A Atletas do Brasil aponta que Natal não possui um
marco institucional consolidado na área do esporte e atividade física.
Embora possua Secretaria Municipal dedicada ao tema, inexistem Conselho
Municipal de Esporte, Fundo Municipal do Esporte, Lei Municipal de
Incentivo ao Esporte, bem como planos municipais de esporte e mobilidade
aprovados pela Câmara Municipal. O relatório ainda aponta que:
“A rede municipal de Natal possui 72 escolas, segundo o questionário.
Destas, 95,8% possuem pátio externo para atividade física; 76,4% têm
quadra poliesportiva externa; 56,9%, quadra coberta ou ginásio; e 5,6%,
pátio coberto para realização de atividade física”. Os números
informados por Natal para o documento da ONG informa que a cidade possui
15 praças com espaços de recreação infantil e 94 com quadra
poliesportiva, além de três parques com equipamentos de ginástica. A
cidade ainda diz ter 15 quilômetros de ciclovias e 6,5 quilômetros de
ciclofaixas e informou que cerca de 50% das calçadas possuem boas
condições de mobilidade.Itamar CiríacoEditor de Esportes/Tribuna do Norte
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