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quarta-feira, 20 de agosto de 2014

Técnico ouve vaias e explica saída de Pimpão: "Sei que ele entendeu"


Oliveira Canindé, técnico do América-RN (Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com)Oliveira Canindé foi vaiado e chamado de "burro" (Foto: Augusto Gomes/GE.com)

Vida de treinador não é fácil. Exaltado após a classificação histórica na Copa do Brasil, quando foi um dos poucos que acreditaram que era possível golear o Fluminense no Maracanã, o técnico Oliveira Canindé teve que ouvir vaias e os gritos de "burro" de parte da torcida do América-RN. A derrota para a Ponte Preta, na Arena das Dunas, não estava no roteiro dos torcedores, muito menos da comissão técnica e diretoria do Alvirrubro. A expectativa era se aproximar do G-4, mas o time foi mal diante um adversário forte e eficaz. Os gols da Macaca foram marcados aos quatro e 11 minutos do segundo tempo, por Adrianinho e Rafael Costa, respectivamente. Aos 15 minutos, Oliveira sacou Rodrigo Pimpão, um dos artilheiros da Série B e xodó da torcida americana, para a entrada de Isac. O atacante abriu os braços e demonstrou que não gostou. Vieram, então, as primeiras vaias. Nós buscávamos alternativas pelo menos para forçar o jogo com dois pivôs, dois homens fortes que pudessem brigar. O time deles, depois que conseguiu o gol, se fechou ainda mais. Precisávamos forçar o jogo aéreo - explicou o treinador ao final do jogo. O comandante rubro lembrou que a Ponte estava com a marcação muito encaixada, o que dificultava as investidas do ataque americano. Oliveira ainda revelou que a mudança serviu para preservar Pimpão. Pimpão estava tendo dificuldade. É um jogador que eu gosto, particularmente. Sei que ele pode muitas vezes fazer a diferença, mas, da maneira que a Ponte estava posicionada, dificilmente mudaria alguma coisa do que estava acontecendo. E eu também tenho que olhar lá para a frente. Foi até uma forma de resguardá-lo um pouco mais, porque sabemos que ele é importante para o grupo. Ao mesmo tempo, tentamos dar um pouco mais de ritmo para Morais porque precisamos de todo mundo nestes momentos - destacou. Ainda no intervalo, Oliveira havia trocado Paulo Henrique e Daniel Costa por Arthur Henrique e Morais, que, recuperado de lesão na coxa direita, voltou a jogar após um mês. As outras mudanças foram para ganhar um pouco mais de mobilidade, um pouco mais de velocidade. Tentamos ocupar os espaços com mais qualidade. Só que as coisas não funcionaram, pois, em dois erros que cometemos, perdemos o jogo para um adversário que espera teu erro para tirar proveito. Foi isso que aconteceu - ratificou.
Tudo certo no vestiário
Rodrigo Pimpão - atacante do América-RN (Foto: Augusto Gomes/GloboEsporte.com)Pimpão saiu de campo sem falar com treinador (Foto: Augusto Gomes/GE.com)
Quanto ao clima no vestiário, após a derrota, Oliveira lembrou que não chegou a conversar com Pimpão, mas acredita que o atacante entendeu a alteração. O treinador ainda lamentou o fato de, mais uma vez, ter desperdiçado a chance de colar no G-4. Não tem muito o que conversar depois de um jogo como este. Geralmente, chego no vestiário, falo com o pessoal, mas só quando há alguma exaltação, ou outra coisa que possa atrapalhá-los ou entristecê-los. Me coloco mais como um escudo para tentar segurar a onda. Mas, numa situação como esta, não tem muito o que falar. Tenho certeza que ele entendeu. É um menino que se preocupa com o grupo também, assim como todos nos preocupamos. Nós imaginávamos vencer o jogo e nos aproximarmos do pelotão da frente, mas, infelizmente, mais uma vez, nós não conseguimos. Fica o alento para que despertemos quanto a isso, sabendo que não dá para lamentar demais porque outro jogo tão difícil quanto esse se avizinha (contra o Náutico) - finalizou. Com o revés, o Mecão caiu três posições e agora está na 13ª colocação, com 23 pontos. O próximo compromisso, contra o Náutico, válido pela 18ª rodada da Série B, será neste sábado, às 16h10, na Arena Pernambuco.
Por Natal

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