O ESPORTE DE ASSU E REGIÃO, OBRIGADO PELA VISITA

domingo, 31 de agosto de 2014

Muito dinheiro por pouco

É comum os torcedores perguntarem porque os melhores jogadores do time, ou os com os maiores salários não estão jogando. A ausência dos atletas de destaque não faz falta apenas dentro de campo. Sem eles atuando, o clube que detém seus direitos federativos, também perde  financeiramente. Se um jogador recebe um alto valor por mês e não joga, o prejuízo financeiro é grande para suas agremiações, principalmente para aquelas que não possuem um patrocínio substancial para manter uma folha salarial elevada, sem se incomodar com a falta desses atletas.
Adriano AbreuEstrela do ABC na temporada passada, Gilmar renovou o contrato até 2015, mas não vem jogando 
Estrela do ABC na temporada passada, Gilmar renovou
o contrato até 2015, mas não vem jogando
Tanto  ABC, quanto o América, vivem dilemas parecidos na atual temporada. Vários jogadores foram contratados para serem as referências dentro de campo, mas, por diversos motivos, só oneram a folha de pagamento do clube, dificultando o custo-benefício. No alvinegro, para se ter uma ideia, nomes como Gilmar, Xuxa, Júnior Timbó, Rogerinho e Rodrigo Silva, todos contratados para serem titulares, não estão conseguindo provar, em campo, o investimento feito neles. “É complicado para o clube, porque não queremos errar. Mas, são coisas que acontecem. Os jogadores não conseguem render o esperado, são pouco aproveitados e acabam inflando a folha salarial. E, por causa da Lei Pelé, fica até difícil fazer acordo para tentar negociar o atleta. Todo o ônus fica para o clube”, afirmou o assessor de futebol do ABC, Judas Tadeu, afirmando que, mesmo com esse “problema” que o clube tem para administrar, a situação financeira do ABC é de certa tranquilidade. “Com esse planejamento da atual direção, todos os esforços do clube estão voltados para o futebol, por isso estamos com os salários de quem tem contrato em dia. Mas, claro que se pudéssemos ter uma aliviada na folha salarial, poderíamos investir em outros setores do clube”, revela Judas Tadeu. Outro atleta do ABC que foi contratado com um alto salário e não vem sendo aproveitado regularmente por Zé Teodoro é o atacante Beto, que já chegou a treinar em separado do elenco principal, foi reintegrado e não vem tendo mais chances. O caso de Gilmar é que o jogador vem se tratando de uma contusão há mais de 30 dias e ainda não tem prazo para voltar ao campos. Mesmo problema que o clube passou com Rogerinho e Dênis Marques, as maiores contratações do ABC para essa temporada. Os jogadores ficaram mais de 30 dias sem jogar, por contusão. “Temos que conviver com problemas de contusão, de jogadores que não conseguem ter uma conduta profissional e criam problemas fora de campo e tudo é o clube que tem que arcar. Antes de 2009, eu negociava diretamente com o jogador e resolvia essas situações. Hoje, com essa nova lei, se o jogador não conseguir um clube para ir, com um contrato bom, ele prefere cumprir o contrato todo, sem jogar, do que sair. E se o clube quiser rescindir, tem que pagar todo o restante que falta do contrato. É difícil”, desabafa Tadeu.
Junior SantosIsac se mostrou insatisfeito por estar na reserva e quase deixou o América na última semana 
Isac se mostrou insatisfeito por estar na reserva
e quase deixou o América na última semana
No América, a situação é um pouco diferente. Os jogadores considerados caros, não estão jogando, em sua grande maioria, por causa de lesões. Com exceção de Isac, todos os outros, como o goleiro Fernando Henrique, o zagueiro Edson Rocha e o meio campo Artur Maia, estão em tratamento médico, ainda sem previsão de retorno. “Lógico que tem um impacto na folha salarial, mas, no nosso caso, a situação é outra. Esses jogadores que são considerados os mais caros, estão fora por motivo de contusão e não por queda de rendimento. Por isso estamos tranquilo. E, quando eles se recuperarem, vão ter que brigar, no campo, pela vaga de titular. É assim que tem que ser”, afirma o vice de futebol americano, Ricardo Bezerra. Um dos maiores problemas que os dirigentes tem que lidar, é a insatisfação dos jogadores que não estão tendo oportunidade. Para Ricardo Bezerra, tudo se resolve com uma conversa séria, para tudo ficar esclarecido. “Já tivemos problemas desse tipo em outras temporadas. Alguns jogadores extrapolavam fora de campo, não jogavam e ainda reclamavam. A gente conversa, explica a situação e tenta contornar. O que não pode deixar é tumultuar o ambiente. Mostramos a necessidade que ele tem de se dedicar mais. Só assim a chance vai voltar a aparecer”, explica. É mais ou menos a situação que está atravessando o atacante Isac, do América. O jogador se mostrou insatisfeito por não estar sendo titular e acabou sendo afastado pelo presidente do clube, Gustavo Carvalho. Pouco tempo depois, conversou com o técnico Oliveira Canindé. “O Isac é um bom menino. Uma vez ele pediu para falar comigo e perguntou o que podia fazer para ajudar. Ele está muito distante do que pode ser. Como é que vou forçar a barra e tirar o Max? Eu preciso de um equilíbrio. O Isac teve as oportunidades e não aproveitou, o Max aproveitou eu não posso fazer nada. Vou tirar o Max? O Alfredo? O Pimpão? Como é que eu mexo? Como é que eu faço?  Não sacaneio com ninguém,   não quero atrasar a vida do Isac, mas não posso fazer nada, é ele continuar trabalhando e esperando o momento dele”, disse Canindé, explicando a situação.
Fonte: Tribuna do Norte

Nenhum comentário:

Postar um comentário